sábado, 29 de dezembro de 2012

Conto " Angustia" de Anton Tchakhov

A quem confiar a tristeza?


Ele conta a história do cocheiro Iona Potapov, que não sabe a quem confiar sua tristeza. Potapov perdeu um filho e está angustiado com isso, pois nem sabe exatamente o que aconteceu. Quando seu primeiro passageiro sobe, Iona vira-se e move os lábios, “sem dúvida, quer dizer algo, mas apenas uns sons vagos lhe saem da garganta”. O passageiro lhe pergunta “o quê?” e ele diz que perdeu um filho. “De quê?”, mas Iona não sabe exatamente. Acha que foi febre, conta que ele passou três dias no hospital e morreu, certamente pela vontade de deus. Em seguida o passageiro muda de assunto. “Depois, torna a olhar algumas vezes para o passageiro, mas este fechou os olhos e parece pouco disposto a ouvir.” Iona fica com a palavra entalada.

Momentos depois chegam alguns rapazes muito animados e lhe solicitam uma corrida. Durante uma brecha na grande algazarra que fazem os moços, Iona diz: “Esta semana... assim, perdi meu filho!”. E o que ouve como resposta é somente: “Todos vamos morrer”. Depois de alguns minutos um dos rapazes lhe pergunta se é casado e ele responde: “Agora, só tenho uma mulher, a terra fria... O túmulo, quer dizer!... Meu filho morreu, e eu continuo vivo... Coisa esquisita, a morte errou de porta... Em vez de vir me buscar, foi procurar o filho...”, e volta-se novamente para contar como morreu o filho, mas chegavam ao destino. Ele fica então sozinho, “torce o corpo e entrega-se à angústia... Considera já inútìl dirigir-se às pessoas. Mas, decorridos menos de cinco minutos, endireita-se, sacode a cabeça, como se houvesse sentido uma dor aguda e puxa as rédeas...”.

Numa terceira vez, tenta contar a um rapaz também cocheiro e diz: “Pois é, irmão, e eu perdi um filho... Está ouvindo? Foi esta semana, no hospital... Que coisa!”. Tenta olhar e notar o efeito causado por suas palavras no rapaz, mas “não vê nada. O jovem se cobriu até a cabeça e já está dormindo.” Iona precisa falar, já estava completando uma semana que seu filho morrera e ele ainda não havia conseguido contar direito a ninguém. O narrador diz: “É preciso falar com método, lentamente...É preciso contar como o filho adoeceu, como padeceu, o que disse antes de morrer e como morreu... É preciso descrever o enterro e a ida ao hospital, para buscar a roupa do defunto. [...] O ouvinte deve soltar exclamações, suspirar, lamentar...”. Ao fim, Iona Potapov conta a história de como perdeu o filho, à sua égua, que “vai mastigando, escuta e sopra na mão de seu amo”.


Com essa história pude perceber o quão é importante o "ouvir" de uma outra pessoa, é simples e fácil falar, mas encontrar alguém que realmente esteja interessado e disposto a ouvir o que você tem a dizer e se sensibilizar com tudo isso, é muito difícil. 
Muitas pessoas preferem não ouvir, por não saber o que dizer depois, mas muitas vezes o que a pessoa precisa é de um bom ouvinte e que demonstre estar ouvindo... assim como a "éguinha" que "vai mastigando, escuta e sopra na mão de seu amo".


“O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você”. A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção.” 
                                                                                                        Rubem Alves.

Beijos a todos!!!




segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um dia você aprende...

Um dia você aprende…

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a pedoá-la.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.

Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.

Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.

Willian Shakespeare



segunda-feira, 18 de julho de 2011

Transformers !!!




TRANSFORMERS....




Sinopse:
Durante anos os Autobots e os Decepticons, duas raças alienígenas robóticas, duelaram em Cybertron, seu planeta natal. Esta guerra fez com que o planeta fosse destruído, resultando que os robôs se espalhassem pelo universo. Megatron (Hugo Weaving), o líder dos Decepticons, vem à Terra em busca da Allspark, um cubo de Cybertron que possibilita que qualquer aparelho eletrônico seja transformado num robô com inteligência própria. Megatron encontra a Allspark, mas fica congelado no Ártico. Décadas depois outros Decepticons chegam à Terra, numa tentativa de encontrar a Allspark. Seu surgimento logo alerta os principais países, em especial os Estados Unidos, que tem uma base militar no Qatar atacada. Enquanto o Secretário de Defesa John Keller tenta descobrir o que está havendo, reunindo todas as forças e informações possíveis, o jovem Sam Witwicky (Shia LaBeouf) tem preocupações mais simples: conseguir uma boa nota no colégio, o que lhe garantirá seu 1º carro. Mas o que ele não esperava era que o veículo escolhido, um Camaro antigo, tinha vida própria.




Elenco:

Josh Duhamel Kevin Dunn Megan Fox Tyrese Gibson Shia LaBeouf Bernie Mac Carlos Moreno Jr Samantha Smith John Turturro Jon Voight
Comentário:

Bem, o que dizer desse filme ?! Simplismente ele é... MARAVILHOSO, ele é um dos filmes que eu mais amo, principalmente esse primeiro filme, pois foi com ele que me encantei, e para surpreender nao foi um amor a primeira vista não, eu teimei e muito para poder assisti -lo, mas quando enfim fui assisti-lo me apaixonei.
Esse filme para mim representa muito mais do que seres de outro planeta vindo para a terra (se bem que eu iria amar ter um Bumblebee), ele é um filme que fala de corragem,conceguir o impossivel, e de fé que quando não acreditamos mais do que nos faz sentir seguros, devemos acreditar em nós mesmos, pois "nós somos mais do que os olhos podem ver".



Bumblebee


Trailer










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